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ESTRELA MANHÃ

  Como dois náufragos, encontraram-se numa praia deserta. E eram, de fato, náufragos; e a praia do mar era, para eles, a praia da vida. Porque há raras oportunidades em que o oceano da vida concede, aos seus navegantes, um rápido descanso, em uma praia ocasional. E, como quem naufraga e se agarra a qualquer palha, agarraram-se às menores coisas, para que pudessem deixar de sentir o próprio desejo de aturdir-se. Um se agarrou aos olhos do outro, e cada um procurou refúgio no som das palavras e na confusão dos pensamentos, para não ouvir os seus sentimentos. E o céu alternou sol e chuva, como querendo compartilhar das suas certezas e dúvidas. As bocas falaram de coisas que não precisavam ser ditas, e os olhos disseram tudo que era preciso. Confundiram as emoções no ruído do mar, e reclinaram o cansaço da vida nas pedras que pontuavam de negro o branco da areia. E se entregaram e se possuíram, sem que entre os corpos houvesse mais do que um beijo e um encontro de mãos. E nes

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