FELIZES OU DOMINANTES
Acredito
que temos duas escolhas, quanto à forma de ver a vida: como uma luta diária
pela sobrevivência, ou uma sucessão de oportunidades para sermos felizes. Somos
nós que fazemos a diferença.
E acho que isso nos leva a uma escolha, quando entramos em algo: podemos ir
pensando em compartilhar e construir juntos; ou em prevalecer
sobre os outros, para mostrar quem é o mais forte.
Pessoalmente,
não me julgo o típico macho alfa. Posso ter sido, algumas vezes, quando forçado
pelas circunstâncias; ou até mesmo por conta da idade, quando os hormônios eram
mais presentes e exigentes.
Com
o tempo, aprendi a ser mais cordato e me desgastar menos. Aprendi que ser feliz
é melhor do que ser mais forte, e para ser feliz não é preciso ser o dono da
verdade; apenas estar em paz consigo mesmo.
Não
gosto de ser o cara sob os holofotes; prefiro ser aquele que fica por trás
deles, direcionando o foco. Não gosto de ser o sujeito que decide, mas o que
fornece os dados e aguarda a decisão.
Por
uma razão muito simples: é verdade que a pessoa brilha mais, sob a luz; mas os defeitos ficam mais visíveis. E reconheço que sou muito sensível a
críticas, principalmente vindas de quem gosto.
Lembro-me
de que, quando trabalhava em uma financeira, fiz um teste psicológico para
gerente comercial. Fui aprovado em quase tudo, menos em uma coisa: não era
combativo o suficiente. E lá se foi a gerência.
Anos
depois, me surgiu um teste parecido, na agência de publicidade onde trabalhei.
O resultado? Muito bem, em quase tudo; só uma pequena falha: pouca
assertividade. E lá se foi a gerência de criação.
Até
hoje, não sei direito o que seja assertividade; inclusive, acabo de procurar no
dicionário da ABL e não encontrei a palavra. A Wikipédia me diz que "É a
qualidade de algo ou alguém de fazer uma afirmação enfática sobre algo, e por
ser uma afirmação, não significa que esteja correta ou errada, apenas que é
defendida fortemente por uma pessoa.".
Ou
seja: é o hábito de afirmar e defender coisas, estejam certas ou não. E, se é
assim, o teste estava 100% certo: eu posso dar a minha opinião (e normalmente
digo o porquê), mas não sou de discutir para defendê-la.
Até
porque não acho necessário. Cada um tem a sua verdade, mas o tempo fatalmente mostrará
quem estava certo; não vejo razões para tentar impor a minha opinião, se não
faz qualquer diferença.
Resumindo
este exercício de introspecção: não sou um dominante. Não faço questão de que
me julguem certo; prefiro ser feliz. E acho que esta fórmula vem dando certo,
para mim, ao longo destes 77 anos.
Porque, a esta altura do campeonato, sou feliz. Claro que não em todos os momentos, mas
na maior parte do tempo; mais feliz do que jamais pensei em ser. Talvez não
tenha tudo que amo, mas amo tudo que tenho.
Não levo jeito para dominante.
Acho melhor ser feliz.



Uno a veces debe soltar. Te mando un beso.
ResponderExcluirOlá Flávio.
ResponderExcluirGostei muito de o ler.
Fui procurar uma definição sobre dominante Credo :)
"Dominante é aquele que domina, exerce poder, subestima, anula, que quer imperar sobre os outros, que é competitivo e não olha a meios para atingir os fins, pois o seu objetivo é ter razão em tudo e sobre todos."
Credo, nem pensar !
Revi-me um pouco nas suas palavras e por isso gostei tanto.
Palavras sábias .
Lembro muito quando minha avó dizia : Ser generoso é mais importante do que ser "dono da verdade"
Deixo abraço e brisas doces e continue amar tudo o que tem***
Flavio,
ResponderExcluirBom dia , e acredito que não ser
acertivo para uma empresa que busca
um colaborador, é diferente em ser
acertivo na vida.
Aprendi na prática que para as empresas
uma pessoa é boa, até preicsar da mesma.
Meu esposo trabalhou em grnades empresas
e na area de saúde e sempre disse que para
as empresas que havia 3 luzes que sinalizavam
2 situações para cada colaborador:
em movimento - luz branca
sentado - luz amarela
estacionado - luz vermelha.
Já na vida, nós mesmos damos
nosso andamento e sem sinalização.
E outra coisa, na vida a meu ver
há 2 diferentes óticas da mesma vivência:
ser feliz, viver dentro de nossas realizações= constante.
estar feliz, associado a triste e alegre = circunstancial.
Mas essa é só a minha opinião e minha vida na pratica.
Ótimo artigo para ler e refetir nessa manhã chuvosa de domingo.
Bjins
CatiahôAlc.
E muito bem!
ResponderExcluirÉ melhor mesmo estar em paz consigo mesmo.
Boa semana, amigo!
Abraço.
Boa tarde de paz, amigo Flávio!
ResponderExcluir"Não faço questão de que me julguem certo; prefiro ser feliz."
Pena não ter nascido assim, digo eu, pois não adianta que não mudamos ninguém... rs.
Também me sinto muito mais feliz deixando os dominadores terem razão.
Tenha uma nova semana abençoada!
Abraços fraternos
O pior período de toda a minha vida profissional foi o dos três anos em que fui directora do Centro de Bem Estar Social da Baixa da Banheira com cerca de cento e cinquenta crianças dos três meses aos sete anos e dezenas de funcionárias.
ResponderExcluirPelos mesmos motivos que apontas.
Gostei da canção.
Abraço com carinho, meu amigo, boa semana.
Estoy de acuerdo contigo, en que lo más importante es el intentar ser feliz y empezar a quererse a uno mismo, porque de ambas cosas parte el que podamos dar a los demás lo mejor de nosotros mismo, y eso aún nos hace más felices.
ResponderExcluirLo demás forma parte de la convivencia humana con sus claros-oscuros, y el poder tomar decisiones libremente, siempre pensando que las consecuencias de esa decisiones no hagan daño a los demás... y a vivir la vida, que son dos días.
Un abrazo, Flávio.
Bom dia, Flávio
ResponderExcluirNa vida é importante se desgastar menos, a gente ganha mais, lindo texto. Obrigada pelas felicitações e gostei de saber que Gilka também é de outubro e já antecipo os parabéns, que Deus abençoe sempre a vida dela, em todos os aspectos, um forte abraço.
Gostei do texto, com o qual me identifiquei em parte...
ResponderExcluirBjxxx,
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Boa terça-feira, com muita paz e saúde, meu querido amigo Flávio. Sou como você, não gosto de holofotes e se pudesse nem tiraria fotos. Pode ver que raramente apareço no Blogger. Falando sobre cada bairro da cidade onde eu nasci, estou aprendendo e muito. Algumas histórias terríveis. Terei que relatar de novo, quando for o Bairro da Lagoa. Grande abraço carioca e vascaíno.
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