UM MUNDO MARAVILHOSO



Sei que me irei, um dia; todos vão.

Ou retornam, quem sabe? Com certeza, nada sabemos sobre o depois da morte. Mas serei grato pela dádiva da vida, até o meu último minuto. E procurarei vivê-la com intensidade, entrega e gratidão.    

Porque nada existe sem ela, neste mundo; e jamais agradeceremos o suficiente, por todas as maravilhas que ela nos permite experimentar. Por tudo que vivemos, em cada dia que passa.

Até o meu último minuto, buscarei ser feliz e desfrutar do que a vida me traz; porque é na viagem que está o encanto. Quando acordar, no meu último dia, quero ter as mesmas alegrias.

Espero acordar como acordo todos os dias: com preguiça e com carinho, em momentos que gostaria de prolongar para sempre. Conversando sobre fatos e sonhos e me sentindo feliz.

E, tenho certeza, passarei esse dia como todos os outros; porque nada nos avisa que esse será um dia diferente. As horas decorrerão da mesma forma, entre pensamentos, ações e emoções.

Espero que meu último dia seja, também, de gratidão e esperança. Que, nele, eu ainda perceba as coisas que fazem maravilhosos este mundo e esta vida. Porque tenho muitas razões para viver.

Amo a vida, com todos os seus encantos e desafios. Amo a beleza que enxergo e sinto ao meu redor; adoro estar vivo, entre as alegrias e dificuldades que surgem no caminho.

Mas sei que o último dia chegará. E, quando chegar, espero que aqueles que me amam não lamentem a minha partida; porque não quero deixar um legado de tristeza, a quem me deu alegria.

Fiquem em paz, é o que eu peço. Conservem as lembranças boas de tudo que tivemos; mas não parem de criar novas lembranças, só porque não mais estarei nelas. Vocês estarão e basta.

Se é verdade que o espírito sobrevive à morte, continuarei a sorrir com os sorrisos de quem amo; e as suas lágrimas me serão igualmente dolorosas. Não deverei mudar, apenas porque me fui.

E, se nada existir depois; se a morte for realmente o fim, de que me servirão lágrimas ou sorrisos? De nada adiantará venerar a tristeza da minha ausência; já dividimos a alegria da presença.

Não. Espero que nada guardem de mim, senão a felicidade de nos havermos conhecido; a lembrança dos momentos que tivemos juntos. E entendam: lembrança é algo do passado.

E é preciso viver no presente, para construir o futuro.

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