AS FORMAS DO AMOR
O
amor tem muitas formas.
E
precisamos conhecer todas elas, para podermos dizer que realmente o conhecemos.
Para os mais jovens, ele é o sonho; que se transforma em paixão e, como o fogo,
pode consumir a si mesmo.
A
paixão é, de todas as formas do amor, a mais perigosa; a mais intensa e
enlouquecedora. Embora multiplique as juras e promessas, estas são as em que
menos devemos confiar, porque impensadas.
Não
porque falsas; talvez sejam as mais sinceras: os apaixonados não imaginam o
mundo sem o objeto de seu desejo. Mas, assim como a labareda, a paixão deixa de
existir, tão logo lhe falta o oxigênio.
Por
isto, nessa fase o amor, além de muitas
formas, pode ter também muitos corpos e muitos rostos. Porque ele não é uma
realidade, mas um sonho lindo; não é uma negociação, mas uma atração.
E
o amor, além de um sentimento, é uma negociação; ambos se entregam, em busca
da felicidade. Como em toda negociação, é preciso compreender; transigir e
ceder um pouco de seu próprio espaço.
Porque
só quando cada um cede um pouco de si, se pode construir um espaço que comporte
dois. Onde ninguém invada o espaço alheio, mas o complemente, ajudando o outro
a viver em plenitude.
É
então que o amor vive, talvez, a sua fase mais doce e completa. Onde
pensamentos e desejos são adivinhados, vontades respeitadas e os dois andam
juntos, de mãos dadas, por seus caminhos.
Porque
cada um tem o seu próprio caminho; e, por maior que seja o amor, ninguém pode
trilhar o caminho de outra pessoa. Entretanto, as mãos entrelaçadas tornam mais leve as
jornadas de ambos.
Se
o amor tivesse estações, como o ano, essa seria a primavera: quando os botões
desabrocham e as flores se abrem. A paixão seria o verão e o começo da velhice
o outono, com as folhas que caem.
Porque
as folhas caídas tornam mais macio e colorido o solo por onde se anda. Assim
como as lembranças de ontem recobrem os caminhos dos dois, com os ecos de
risadas, conversas ou gemidos de paixão.
Um dia, virá o frio do inverno; porque a separação é inevitável, com o fim
do sentimento ou da vida. Porém aquele que ama guardará as recordações, que o aquecerão,
como o fogo que crepita na lareira.
Por
isso, o amor não se perde; e sobrevive ao tempo. Assim como sobrevive à própria
vida, nos frutos que produziu e por sua vez produzirão outros; ou nas pessoas que
um dia conheceram os amantes.
Sim:
o amor tem muitas formas. E cada uma tem a sua cor, como o vermelho da paixão, o
verde da maturidade, o amarelo das folhas de outono, ou o branco da neve de
inverno; mas o amor é sempre o mesmo.
A
nossa razão maior de viver.
25 de outubro. Feliz aniversário, Pinha!
Muy cierto cada uno tiene su forma de amar. Te mando un beso.
ResponderExcluirVerdade, JP. E muitos casos de amor acabam, porque as pessoas teimam em não entender algo tão simples! Meu abraço, amiga, obrigado; bom fim de semana!
ExcluirMuito lino a começar pelas fotos de vocês, nas diferentes fases.
ResponderExcluirE como é bom ver o amor passar por tantos anos e persistir os amarelecimentos, o embranquecer dos cabelos... Assim vale a pena!
Adorei! abração pra vocês! Lindo fds! chica
Ah, Chica: persiste, sim! Até porque o verdadeiro amor é uma mistura de corpo e alma; supera essas mudanças que o tempo nos traz! ;) Meu abraço, obrigado; bom fim de semana.
ExcluirBoa tarde de Paz, amigo Flávio!
ResponderExcluirGostei muito das fotos de Vocês dois. Exprimem bem a cumplicidade do amor dos dois.
A cor do amor?
Para mim, é rosa.
Tenho medo de parar só no vermelho, coisa que não queria jamais para mim.
Um horror, quando sozinha.
Tenho visto homens abandonarem por acabar sua paixão, sem a menor piedade, escrúpulo zero.
Ceder é segredo.
Quem quer?
Só quem ama de verdade.
Muito lindo sei post.
Tenham ambos as cores da primavera!
Abraços fraternos
Obrigado, Rosélia. E achei interessante essa questão da cor do amor; bem legal! Acho que, para mim, seria um verde bem clarinho; da cor dos olhos dela. ;) Meu abraço, bom fim de semana!
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Excluirhttps://flordocampo3.blogspot.com/2024/11/aroma-virtual.html
Abraços fraternos poéticos
Obrigado, amiga! Honram-me a escolha e a companhia! Meu abraço, bom fim de semana.
ExcluirA paixão é como a dor : acaba por se esvair , porque ninguém aguenta tal intensidade a vida toda.
ResponderExcluirGostei das fotos ...
Meu Amigo, te abraço , que tenhas boa semana :)
Nunca havia pensado nisso, Chica; mas acho que faz sentido. E a paixão, às vezes, é tão intensa que chega a doer! Obrigado, minha amiga; bom fim de semana, meu carinhoso abraço.
Excluir...e continuamos vivendo o amor em todas as formas.
ResponderExcluirTe amooooooo!!!😍😍😍
Graças a Deus, Pinha! Tá muito bom assim. ;) Beijão, bom fim de semana.
ExcluirBoa tarde Amigo Flávio,
ResponderExcluirTão lindo ver o amor de vocês persistindo com a mesma intensidade através do tempo.
As fotos, maravilhosas, são o eco do vosso sentido e verdadeiro amor.
A paixão é como uma aragem, que voa num ápice!
Só quando vamos entendendo que a harmonia que se gera do respeito pelo espaço do outro, falamos com o olhar, tantas vezes, a mesma linguagem, começamos a entender que o amor está entranhado em nós.
Estou de acordo com o último parágrafo em que dá cor às diversas formas do amor.
Um post muito lindo, que adorei.
Beijinhos e continuação de boa semana.
Emilia
Bem assim, Emília: "Só quando vamos entendendo que a harmonia que se gera do respeito pelo espaço do outro, falamos com o olhar, tantas vezes, a mesma linguagem, começamos a entender que o amor está entranhado em nós.". É como penso! Meu abraço, obrigado; bom fim de semana.
ExcluirMuito lindo. Uma belíssima perspectiva.
ResponderExcluirLindas as fotos.
E parabéns para a sua amada.
Abraços.
Grato, Fa, pela gentileza e amizade. Meu abraço, bom fim de semana!
ExcluirFalar de amor é difícil… tão difícil que dá vontade de não dizer nada, de calar a caneta, fechar o computador, desligar o celular, abrir a janela e respirar o ar puro que vem das flores antes que as joaninhas as polinizem. Falar de amor me dá medo. Medo de acreditar existir alguém que discorde de mim. De mim que acho ser o amor egoísta, possessivo e covarde e antes que a primeira pedra parta em direção à minha vidraça eu explico; egoísta quando, na maioria das vezes, o homem quer a mulher só para si, do seu jeito e, conforme os seus desejos. Possessivo quando não permite que a amada goste de outro homem, e covarde quando a mata ou a manda matar se ela abrir às portas da vida dele, dizer chau e sair, ir embora.
ResponderExcluirFalando assim parece que eu não conheço o amor e o pior é que sim, que o conheço, até porque já amei, amo e continuo amando enquanto meus olhos enxergarem o que se passa na frente deles. Agora, se ela olhar para outro homem já sabe. E não adiante pedir para sair com ela porque não deixo e nem quero discutir o assunto. E pouco me importa se o cara é rico ou mais bonito, agora, se ela ficar rindo pra sua cara… ah, eu nem sei o que faço com ela… ou seria com você?
Bem, meu amigo. Desculpe se me ponho de pé. Agora, dê cá um abraço. Abraço é aquilo que se dá com vontade para receber um melhor e mais apertado.
Meu abraço, mestre Sílvio, e minha admiração; você é the best, amigo, e tenho orgulho de ser seu amigo! Bela descrição de como o amor, infelizmente, ainda é visto pela maior parte dos homens! No frigir dos ovos (eta, expressão antiga!), a alma não aceita outros laços, além dos que nós mesmos criamos; a maior parte deles, pelo amor. Bom fim de semana, obrigado!
ExcluirFlavio, que reflexão maravilhosa sobre as múltiplas facetas do amor! Você capturou com elegância como o amor se transforma ao longo das nossas vidas, desde a paixão ardente da juventude até a serenidade madura do outono da vida. Sua analogia com as estações do ano é simplesmente poética, e nos faz lembrar que cada fase do amor tem sua beleza única. Obrigado por compartilhar essa visão tão profunda e inspiradora! Abraço!
ResponderExcluirSó hoje, Beto, vi este comentário; que muito me honra, principalmente por vir de você, que tanto admiro! De acordo: cada fase do amor tem sua beleza única. Meu abraço, amigo, obrigado; bom fim de semana!
ExcluirMuito bonito o que escreveu.
ResponderExcluirDava para ser um manual do Amor.
No meu modo de ver, o amor ajusta-se em tudo o que escreveu.
Estou quase a fazer 43 anos de casada, e sei por experiência própria, que tem de haver maturidade para perceber e aceitar as mudanças.
Também gostei do que falou Silvio.
No amor o que vale mesmo...é que seja muito e bom.
Abraço e brisas doces.
Bonitas as fotos ****