NÃO É MEU, MAS É LINDO!

 


(O post desta semana já estava pronto.

Mas, aí, Gilka me enviou um dos melhores textos que já vi na internet: curto, belo, e muito real.

Acredito que vocês gostarão de lê-lo, e por isto estou refazendo o post. Não sei quem o escreveu, mas é a história de casais que permanecem ligados, através dos anos, não por carências, mas pelo amor.

Leiam e vejam se não tenho razão!)

"Às vezes me perguntam se ainda estou apaixonada por ele. Sorrio, não porque a pergunta é tola, mas porque a resposta não é simples. Como dizer sim — mas não como antes?

Já não é com borboletas no estômago, nem fogos de artifício. É com raízes.

O amor, depois de tantos anos, já não é um furacão que te arrebata. É o chão firme que te sustenta. Não acelera o coração — acalma a alma. Não faz as mãos tremerem — dá força para levantá-las todos os dias.

Já não existem surpresas, mas existem rituais: o café tomado à mesma hora, as pequenas discussões sobre toalhas, o cobertor puxado quando o outro espirra. Não parecem grandes coisas... mas são.

Hoje, não espero gestos grandiosos. Espero que ele perceba quando minhas costas doem, que me abrace quando desmorono, que não me deixe sozinha nem quando eu mesma não sei lidar comigo.

Amar depois de uma vida inteira juntos não é como nos livros. É como ter uma língua secreta que só nós falamos. É entender o peso de um olhar cansado, a pausa no silêncio, o respirar ao mesmo tempo.

Então, sim. Ainda estou apaixonada por ele. Mas não pelo encanto do começo. Estou apaixonada por tudo o que construímos. Pela paz de saber que, em qualquer tempestade, ele ainda é — e sempre será — o meu abrigo."

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Imagem: Dianne Dengel

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