SOBRE AUTOESTIMA

 

De certa forma, existem três versões de cada pessoa.

Uma é aquilo que nós mesmos pensamos de nós; outra, aquilo que os outros pensam de nós; e a terceira, aquilo que realmente somos. E o interessante é que nenhuma dessas versões é igual a uma das outras.

Afinal, cada um se julga melhor do que é; e tendemos a julgar os outros piores do que são: faz parte da natureza humana, infelizmente. Não basta sabermos que somos diferentes; queremos nos julgar melhores.

E, uma vez que conhecemos os nossos defeitos, precisamos achar defeitos nos outros; quando não encontramos, muitas vezes colocamos. Alguma coisa assim como o policial que "planta" indícios, para inculpar alguém.

Porque cada pessoa tem as suas próprias características e os seus próprios parâmetros; e "normal" é apenas o parâmetro da maioria da comunidade. Em um campo de nudismo, seria normal alguém andar vestido?

Por isto, confesso, não ligo muito para opiniões que outros tenham de mim; apenas me afeta o que pensam aqueles de quem realmente gosto... e, mesmo assim, com limites. Eu ouço, sim, mas... sou eu que decido.

Este é o conceito de autoestima; ao menos, o meu. Aqueles que se negam a ouvir, debater ou analisar outras ideias, acredito, erram por excesso de orgulho. Mas não ter ideias próprias, não é humildade; é submissão.

Segundo o velho ditado, a verdade não costuma estar nos extremos, mas no meio; precisamos ter isto de vista, também, quanto à autoestima. Provavelmente, sou pior do que penso; mas não devo ser ruim como podem pensar.

E assim, vou seguindo em frente. Como dizia minha avó: "Não estou tão bem como queria, nem tão ruim como merecia."; acho esta frase de uma sabedoria muito grande, porque é o que acontece com quase todo mundo.

Não sou o melhor dos homens; e nunca o serei. Mas aprendi que devemos, sempre, dar o nosso melhor em tudo que fazemos. Podemos ganhar ou perder, mas o principal é estar em paz com a nossa consciência.

Este é o caminho para manter a autoestima.

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