ÉPOCA DE NATAL

Sonhos.

De crianças e de adultos. Papai Noel, de roupa vermelha, voando em seu trenó e descendo pelas chaminés. Igualando as crianças ricas e pobres, numa  festa de alegria e amor.

O globo de vidro, fragmentos brancos simulando a neve. Despertando lembranças de festas que não vivemos, de coisas que não conhecemos e apenas podemos imaginar.

Pinheiros brancos, cobertos de neve. Uma criança em uma manjedoura, um casal humilde, três reis em adoração. Uma história que sobrevive há séculos, trazendo fé e esperança.

É disso que são feitos os sonhos: de fé e esperança. A fé em uma força maior; a esperança de realizar os sonhos e, assim, encontrar a felicidade, Como se ela não estivesse em nós.

Vem chegando, novamente, o Natal. Ruas e casas começam a ser decoradas; um vento de boa-vontade parece percorrer o mundo, balançando os enfeites das árvores e os nossos corações.

É como se, mais uma vez, a esperança renascesse. Como se pudéssemos acreditar em elfos e duendes; como se existisse um Papai Noel que levasse presentes a todos, no Natal.

Como se o amor pudesse invadir todos os corações; como se a gentileza fosse constante; como se a paz e não a violência, a generosidade e não o egoísmo, imperassem na alma do homem.

A verdade é que cada fim de ano faz aflorar o que existe de melhor em nós. Porque a mística do Natal se associa à expectativa de um novo começo, renovando as esperanças que sempre existem.

Aproveitemos, então, este tempo. Sonhar não custa nada e traz grandes recompensas; pelo menos, enquanto duram os sonhos. Se o tempo os levar novamente, não há problema.

Porque eles voltam; mais dia, menos dia, estarão outra vez conosco. Os sonhos existem em nós, desde que o primeiro homem olhou para o céu e se encantou com o brilho das estrelas.

Os sonhos vivem em uma parte de nós, que é capaz de voar entre as nuvens; de subir ao cume da mais elevada montanha, ou descer ao fundo do maior abismo que possa existir no oceano.

É o intangível que existe em todo homem: a parte que vence o tempo, ri da morte e sabe que a vida continua. A parte que escuta a canção do Universo e continua em frente, apesar dos tropeços.

Agora, dezembro chega novamente. Esqueçamos as dúvidas e voltemos a acreditar. Pelo menos por algum tempo, vamos viver a esperança da paz, do amor; de um mundo onde vivamos melhor.

Afinal, o Natal é a época dos sonhos.

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