O QUE VALE A PENA
De repente, a bateria se esgota.
Sem aviso, sem sequer um sinal, a energia que sustenta o seu corpo se esvai e o mundo deixa de existir para você; ou você para o mundo. Acabou o seu tempo e você vai para o passado.
Sem poder se despedir daqueles que ama; sem deixar as suas últimas vontades, sem dizer o que você queria que fosse feito com as "suas" coisas. E de que adiantaria, se houvesse aí?
Porque nada mais existe, do que você conhece; você conheceu. Difícil, aqui, determinar o tempo do verbo: você continua ou não? E quais seriam as "suas" coisas, neste momento exato?
Nada; você não tem mais nada. E, se você pudesse fazer uma contabilidade, dar um balanço, o que teria de positivo? O que você fez com esse tempo que teve, para caminhar sobre a Terra?
De que vale a marca ou o ano do seu carro? De que valem os acessórios, o som, as rodas largas de liga leve? De que valem os bancos de couro, o computador de bordo, o sensor de ré?
De que vale o seu apartamento ou a sua casa? Os móveis, o bairro, o valor do condomínio, todas as reformas que você fez? Uma piscina, uma academia, uma sauna, ou um bar da sala de estar?
De que valem as suas roupas de grife, o perfume importado, o vinho mais caro e famoso, os hotéis cinco estrelas onde você se hospedou ou sonhou poder se hospedar, algum dia?
De que valem as preocupações com as prestações dos financiamentos, a amizade com os gerentes do banco? De que valem os coquetéis em que você esteve, nas festas e cerimônias?
De que valem as discussões que você teve, as vezes em que se aborreceu tentando fazer prevalecer a sua opinião? De que vale o que você conquistou, o que pensou em você?
E de que vale aquela correria no trânsito, aquela contrariedade com a derrota do seu time? De que vale a frustração com a promoção que foi dada a outro, ou a demissão de um emprego?
De que valem as agonias que você sofreu por ciúme, por desconfiar da pessoa que amava? Ou as aflições antecipadas, as inquietações por coisas que, afinal, não chegaram a acontecer?
Pense um pouco, enquanto a bateria ainda funciona. Lembre-se que não há aviso, e você nunca sabe quando seu tempo vai terminar. Olhe ao seu redor e veja quanta coisa boa existe!
Ame, beije, abrace. Sorria, brinque, busque a alegria e curta as suas emoções. Procure estar mais com sua mulher (ou marido), seus filhos, seus pais; com as pessoas que você ama.
Viva! Esta é a única coisa que vale a pena.
Muy buen consejo. Te mando un beso.
ResponderExcluirObrigado, JP. Meu abraço, amiga; bom fim de semana.
ExcluirSempre valorizei a simplicidade da vida e frescurites, grifes, riquififis não me chamam...
ResponderExcluirAssim, enquanto minha bateria não for apagada, tento viver com família, rir, poder valorizar momentos legais e criar memórias até o fiiiiiiiiiiiiiiiiiim...
abração, chica
Também nunca me preocupei com isso, Chica. Confesso que adoro conforto, mas luxo nunca fez parte da minha vida; acho que, se o tivesse agora, ia estranhar! :) Viver, sim, é o essencial! Meu abraço, amiga, obrigado; bom fim de semana.
ExcluirPero que reflexión más hermosa nos dejas en tu texto, nada que no sean valores positivos y sentimientos compartidos vale nada, todo tofo se queda aquí, leertr es un gozo siempre Flavio, gracias querido amigo
ResponderExcluirUn fuerte abrazo
Obrigado, Carmen. É algo que nunca deveríamos esquecer: tudo fica aqui; até nós mesmos nos vamos! ;) Meu abraço, bom fim de semana.
ExcluirPortanto, que possamos viver intensamente, abraçando cada momento com gratidão e amor. E que, ao final, possamos olhar para trás e dizer: “Valeu a pena". Gostei imenso do lembrete , Flavio! Meus parabéns pela belíssima postagem. Gratidão por compartilhar conosco! Abraço.
ResponderExcluirEssa é exatamente a conclusão, Beto! Por essa e outras, amigo, tenho orgulho de fazer parte deste seleto grupo! Meu abraço, obrigado; bom fim de semana.
ExcluirOlá, amigo Flávio!
ResponderExcluir"Lembre-se que não há aviso, e você nunca sabe quando seu tempo vai terminar. "
E assim, vamos vivendo um dia de cada vez até o último, com fé.
Tenha uma nova semanaabençoada!
Abraços fraternos de paz.
É a ideia, Rosélia: nada podemos fazer, senão viver um dia de cada vez: procuremos viver cada um da melhor forma possível! Obrigado, meu abraço; bom fim de semana.
ExcluirPor vezes os seus textos fazem doer, este foi um deles.
ResponderExcluirGrata por isso também.
Abraço e boa semana, amigo!
Verdade, Fa: a efemeridade dói, sim; mas, de certa forma, é ela que nos faz (ou deveria fazer) valorizar a vida! Obrigado, amiga; meu abraço, bom fim de semana.
ExcluirBoa tarde Amigo Flávio,
ResponderExcluirQue texto! A doer como diz a Fá;)).
Sempre me habituei a viver de modo simples, privilegiando as boas relações com a familia e todo o mundo, de modo a que minha consciência esteja tranquila e viver na maior paz possivel!
Por outro lado tento que minha vida seja simples, sem muitas confusões, amando minha família e apreciando a natureza bela que me rodeia.
Escrever meus poemas, tirando minhas fotografias e distrair-me com coisas que me alegrem.
É isto, amigo, que procuro fazer enquanto a bateria der.
Gostei deste texto magnífico que me fez pensar a vida sob outro prisma.
Muito obrigada por isso.
Beijinhos e continuação de boa semana.
Emília
Magnífico é este parágrafo, Emília: "Escrever meus poemas, tirando minhas fotografias e distrair-me com coisas que me alegrem.
ExcluirÉ isto, amigo, que procuro fazer enquanto a bateria der.". Acredito que este é o verdadeiro sentido da vida: apenas viver! Meu abraço, amiga, obrigado; bom fim de semana.
Viver é mesmo o que devemos tentar sempre.
ResponderExcluirVida , sim, mas com qualidade . Caso contrario, não vale a pena, independentemente da idade.
Meu Amigo, abraço e feliz resto de semana :)
Concordo inteiramente, São! E a qualidade de vida, acredito, é exatamente estar bem; consigo mesmo, antes de tudo! Meu abraço, amiga, obrigado; bom fim de semana.
ExcluirFlavio,
ResponderExcluirÉ isso! Seu texto
ponta o que de fato devemos
observar para viver bons dias.
Enquanto foi para trabalhar, pegar
no pesado e trabalhei e peguei nno
pesado sim. Mas quando entendi
ter chego a hora do respouso, parei
de me mover com pressa e com prazos.
A idade vem chegando e por mais que
que nos esforcemos a força vai diminuindo...
Então, vivamos bem e do nosso jeito,
cuidando e sendo cuidados.Sem culpas
ou responsabilidades de outros.
Obrigada por mais esse maravilhoso
texto.
Bjins
CatiahoAlc.
Acredito, Catiaho, que a força diminui, mas a sabedoria aumenta. Costumo dizer que os passos se tornam mais lentos, porém são mais eficazes, porque traçamos melhor o nosso rumo. Acho que é por aí. Obrigado, meu abraço.; bom fim de semana!
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